quarta-feira, 30 de julho de 2008

30/07 Um epitáfio sem nostalgia

Faz tempo não escrevo sobre algo tão subjetivo, tão pessoal...

É verdadeiramente impressionante o quanto certas experiências podem ter um papel realmente decisivo nas grandes mudanças de paradigmas de um determinado individuo, o quanto os acontecimentos transformam a percepção, a maneira de encarar o mundo.

Creio poder dizer que é inerente a passagem a modificação estrutural, a mutação de ideais, sonhos, crenças, tudo o que o tempo toca se transforma, degenera, nada permanece imutável, por mais que nossa vontade seja forte quando se trata de uma mudança estrutural a própria vontade se modifica.

Trato aqui das mudanças substanciais isso não tem nada a ver com as mudanças superficiais, de momentos, de modismos, das mutações provenientes de uma vontade efêmera.

As experiências não me deixam de impressionar o quanto nos agarramos a elas, mesmo quando já estão podres, decompostas, quanta estupidez humana tentar reviver certas coisas, pertencentes exclusivamente ao passado, o que nos faz querer tanto essa “sombra”, esta ilusão? Sinceramente não sei, talvez seja por solidão, talvez por medo, quem sabe encarar uma realidade completamente ilógica seja uma tanto quanto acido demais as problemáticas são diversas e as soluções também devem ser...

De minha parte resolvi este problema de uma forma simples porem não menos dolorosa, deixar de lado as lembranças não é tarefa fácil, enterrar as melhores é quase impossível, mas foi justamente a compreensão de que tudo é perecível que me ajudou bastante, você deve aprender com as experiências não ser controlado por elas, e o quanto antes nos damos conta de que a dinâmica do movimento da existência é geração e corrupção menos nos decepcionamos com ela.

“Mate suas mais doces lembranças
Cave fundo
Enterre o que restou
A principio você deve enlutar-se
Deve chorar
Você vai sentir o coração apertado
Com o tempo isso vai passar
Até um momento em que não vai doer mais
Afinal elas estão mortas
E você vivo
Viva”
Rafael Caminhas

Ouvindo: Norther - Death unlimited

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