quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos Namorados


Para Freud, o termo 'amor' é reservado para o movimento do eu na direção do objeto para além da relação de puro prazer. Ou seja, ainda que portando a marca do pulsional (sexual), o amor a ultrapassa. Lacan dirá que, quando se trata do amor, o que está em jogo é a suposição de um ser no outro. Iludido pelo significante (que sugere que haja ser), o sujeito busca, com o amor, fazer signo, suspendendo, ainda que provisoriamente, o deslizamento infinito do desejo.
Contudo o amor acaba gerando uma certa dominação não falo aqui da philia, ou do amor platônico falo sobretudo do aspecto sexual do amor.
Abaixo segue um trecho bem interessante sobre esta questão.

"Você já amou? É horrível, não? Você fica tão vulnerável. O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer um pode entrar em você e bagunçar tudo. Você ergue todas essas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, para que nada possa lhe causar mal. Aí uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outro idiota, entra em sua vida. Você dá a essa pessoa um pedaço seu, e ela nem pediu. Um dia, ela faz alguma coisa besta como beijar você ou sorrir, e de repente sua vida não lhe pertence mais. O amor faz reféns. Ele entra em você. Devora tudo que é seu e lhe deixa chorando na escuridão. E então uma simples frase como 'talvez devêssemos ser apenas amigos' se transforma em estilhaços de vidro rasgando seu coração. Isso dói. Não só na sua imaginação ou mente. É uma dor na alma, uma dor no corpo, é uma verdadeira dor-que-entra-em-você-e-o-destroça-por-dentro. Nada deveria ser assim, principalmente o amor.Odeio o amor".
(Sandman-Entes Queridos nº 65)


Existe também o “amor descartável” o amor contemporâneo, moderninho, esse tipo de amor é sem duvida reflexo de um profundo esvaziamento do ser humano em geral, fruto de nossa sociedade consumista e descartável uma sociedade que promove um dia como o de hoje onde o que importa não é a noção de amor e sim o que você vai dar para seu namorado(a), e se o amor tem que ser assim eu também o odeio.

Nenhum comentário: