O documentário foi realizao em 2005 pelo antropólogo canadence Sam Dunn e analisa esse que é considerado por muitos como um dos estilos mais underground do rock.
por Dico do blog http://metalincandescente.blogspot.com/
Há sete anos Sam Dunn resolveu investigar as origens e o impacto cultural do género, tendo visitado o Reino Unido, Alemanha, Noruega, Canadá e Estados Unidos na companhia de Scot McFadyen, guionista e realizador de cinema, para cumprir esse desígnio. O resultado é o documentário Metal: A Headbanger's Journey (aqui numa edição especial com dois DVDs), estreado no Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, em 2005. Na prossecução do seu objectivo Dunn entrevistou figuras míticas como Tony Iommi (Black Sabbath), Dee Snider (Twisted Sister), Vince Neil (Mötley Crüe), Bruce Dickinson (Iron Maiden), Alice Cooper, Ronnie James Dio, Lemmy (Motörhead), Tom Arya e Kerry King (Slayer), entre muitas outras. Executivos da indústria, sociólogos, musicólogos, escritores, jornalistas, investigadores, DJs e outros peritos foram igualmente ouvidos. Portanto, Metal: A Headbanger’s Journey é muito mais do que uma peça cinematográfica, revelando-se um misto de rigorosa investigação académica e jornalística, em que se tenta perspectivar, de dentro para fora – e de forma lúdico-didática -, a visão que os fãs de Metal em particular e a sociedade em geral têm do género. Notoriamente, Dunn esforçou-se por desenvolver um trabalho imparcial. Consegui-o na medida exacta em que separa a ética académica do cientista social (determinante para garantir a validade científica de uma investigação) e o entusiasmo esfuziante do fã apaixonado. Seguramente, não terá sido fácil gerir os sentimentos e, ao mesmo tempo, preservar a neutralidade exigida. Por isso, o antropólogo, que neste documentário se estreou como guionista, realizador, produtor e narrador (fazendo magnífico uso da sua dicção perfeita e timbre apaziguador), está de parabéns. O feeling do it yourself, quase underground, que o documentário emana, não poderia, também, ser mais adequado.Intensa e empolgante, a obra apresenta, no DVD 1, vários capítulos, que abordam as origens do termo "heavy metal", as características da sonoridade, as suas raízes musicais, o ambiente vivido no Metal, o comportamento dos fãs, a cultura própria do estilo, a censura a que é submetido (com menção obrigatória ao PMRC), género e sexualidade (Glam Metal, machismo e o advento das bandas femininas são os temas abordados), religião e satanismo (a não referência ao White Metal gerou uma lacuna) e morte e violência (em que se aborda a imagética agressiva inerente ao género).O DVD 2 apresenta a árvore genealógica do Metal, com a história de todos os subgéneros, um mini-documentário acerca do Black Metal norueguês (que aborda as origens do estilo, a mitologia nórdica e o satanismo, dando especial ênfase aos trágicos acontecimentos do início dos anos 90), a íntegra das entrevistas com músicos disponíveis no DVD 1 (18, no total, com destaque para aquela com o malogrado Denis "Piggy" D'Amour e Michel "Away" Lengevin, respectivamente guitarrista e baterista dos Voivod), curiosidades das viagens efectuadas no âmbito da realização do documentário e um trailer.
Há sete anos Sam Dunn resolveu investigar as origens e o impacto cultural do género, tendo visitado o Reino Unido, Alemanha, Noruega, Canadá e Estados Unidos na companhia de Scot McFadyen, guionista e realizador de cinema, para cumprir esse desígnio. O resultado é o documentário Metal: A Headbanger's Journey (aqui numa edição especial com dois DVDs), estreado no Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, em 2005. Na prossecução do seu objectivo Dunn entrevistou figuras míticas como Tony Iommi (Black Sabbath), Dee Snider (Twisted Sister), Vince Neil (Mötley Crüe), Bruce Dickinson (Iron Maiden), Alice Cooper, Ronnie James Dio, Lemmy (Motörhead), Tom Arya e Kerry King (Slayer), entre muitas outras. Executivos da indústria, sociólogos, musicólogos, escritores, jornalistas, investigadores, DJs e outros peritos foram igualmente ouvidos. Portanto, Metal: A Headbanger’s Journey é muito mais do que uma peça cinematográfica, revelando-se um misto de rigorosa investigação académica e jornalística, em que se tenta perspectivar, de dentro para fora – e de forma lúdico-didática -, a visão que os fãs de Metal em particular e a sociedade em geral têm do género. Notoriamente, Dunn esforçou-se por desenvolver um trabalho imparcial. Consegui-o na medida exacta em que separa a ética académica do cientista social (determinante para garantir a validade científica de uma investigação) e o entusiasmo esfuziante do fã apaixonado. Seguramente, não terá sido fácil gerir os sentimentos e, ao mesmo tempo, preservar a neutralidade exigida. Por isso, o antropólogo, que neste documentário se estreou como guionista, realizador, produtor e narrador (fazendo magnífico uso da sua dicção perfeita e timbre apaziguador), está de parabéns. O feeling do it yourself, quase underground, que o documentário emana, não poderia, também, ser mais adequado.Intensa e empolgante, a obra apresenta, no DVD 1, vários capítulos, que abordam as origens do termo "heavy metal", as características da sonoridade, as suas raízes musicais, o ambiente vivido no Metal, o comportamento dos fãs, a cultura própria do estilo, a censura a que é submetido (com menção obrigatória ao PMRC), género e sexualidade (Glam Metal, machismo e o advento das bandas femininas são os temas abordados), religião e satanismo (a não referência ao White Metal gerou uma lacuna) e morte e violência (em que se aborda a imagética agressiva inerente ao género).O DVD 2 apresenta a árvore genealógica do Metal, com a história de todos os subgéneros, um mini-documentário acerca do Black Metal norueguês (que aborda as origens do estilo, a mitologia nórdica e o satanismo, dando especial ênfase aos trágicos acontecimentos do início dos anos 90), a íntegra das entrevistas com músicos disponíveis no DVD 1 (18, no total, com destaque para aquela com o malogrado Denis "Piggy" D'Amour e Michel "Away" Lengevin, respectivamente guitarrista e baterista dos Voivod), curiosidades das viagens efectuadas no âmbito da realização do documentário e um trailer.
Sam Dunn - Antropólogo e Headbanger
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