Com a chegada do dia da estreia do filme Watchmen, baseado na obra celebre do mestre Alan Moore (que foi lançada de novembro de 1988 a abril de 1989), pipocam livros e artigos sobre os gibis, é o caso de Watchmen e a teoria do caos de Gian Danton.
Alan Moore, para a criação de Watchmen, parte de uma questão básica: como seria um mundo sobre o qual os super-heróis realmente caminhassem? Como eles se relacionariam com os seres humanos normais, quais seriam suas angústias, que conseqüências isso teria?
Para responder a essas perguntas, Moore lançou mão de um dos princípios da teoria do caos: o efeito borboleta.
Para responder a essas perguntas, Moore lançou mão de um dos princípios da teoria do caos: o efeito borboleta.
Esse conceito foi elaborado a partir da grande dependência das condições iniciais apresentadas pelos fractais. A mudança de um único número pode transformar completamente o formato de um desenho fractal. A mesma regra vale para alguns eventos não lineares.
Assim, o bater de asas de uma borboleta em Pequin pode modificar o sistema de chuvas em Nova York.
Moore transpôs o conceito para os quadrinhos. Se o bater de asas de uma borboleta pode ter conseqüências tão imprevistas, imagine-se o surgimento de super-heróis... Para Moore, o mundo jamais seria o mesmo.
Vista sob a perspectiva dos anos 90, Watchmen destaca-se por ser uma obra nitidamente pós-moderna. Algumas características das obras pós-modernas podem ser facilmente encontradas na HQ. Entre elas, o uso de formas gastas e da cultura de massas. Na época em que Watchmen foi publicada, a narrativa super-heroiesca parecia destinada ao desaparecimento.
A construção em abismo é outra característica que encaixa Watchmen no grupo de obras pós-modernas. A história se inicia com uma trama básica, a respeito de um matador de mascarados, e, a partir dela, desmembram-se outras tramas. Como num fractal, à medida que nos aprofundamos, a história vai nos revelando novas complexidades.
Mas a principal característica pós-moderna da história parece ser a mistura do sério com o divertido. Divertido porque Watchmen é uma história de super-heróis e, em certo sentido, policial, e guarda muitas características desses dois gêneros.
Estas e outras considerações são traçadas por Gian Danton sobre a obra de Alan Moore e Dave Gibbons, uma das mais importantes criações das histórias em quadrinhos.
Moore transpôs o conceito para os quadrinhos. Se o bater de asas de uma borboleta pode ter conseqüências tão imprevistas, imagine-se o surgimento de super-heróis... Para Moore, o mundo jamais seria o mesmo.
Vista sob a perspectiva dos anos 90, Watchmen destaca-se por ser uma obra nitidamente pós-moderna. Algumas características das obras pós-modernas podem ser facilmente encontradas na HQ. Entre elas, o uso de formas gastas e da cultura de massas. Na época em que Watchmen foi publicada, a narrativa super-heroiesca parecia destinada ao desaparecimento.
A construção em abismo é outra característica que encaixa Watchmen no grupo de obras pós-modernas. A história se inicia com uma trama básica, a respeito de um matador de mascarados, e, a partir dela, desmembram-se outras tramas. Como num fractal, à medida que nos aprofundamos, a história vai nos revelando novas complexidades.
Mas a principal característica pós-moderna da história parece ser a mistura do sério com o divertido. Divertido porque Watchmen é uma história de super-heróis e, em certo sentido, policial, e guarda muitas características desses dois gêneros.
Estas e outras considerações são traçadas por Gian Danton sobre a obra de Alan Moore e Dave Gibbons, uma das mais importantes criações das histórias em quadrinhos.
- Watchmen e a teoria do caos
Gian Danton
Coleção Quiosque nº 13
João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005. 84p, 12x18cm. R$12,00
ISBN 85-87018-56-6
Indicado para quem leu Watchmen e gosta das obras de Alan Moore.
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